A líder sindical paraibana foi assassinada na porta de casa, em 1983, por um matador de aluguel. Três meses antes de morrer na frente do marido e do filho, em um discurso de comemoração pelo 1° de maio (Dia do Trabalhador), ela disse que “é melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Trinta e sete anos depois de sua morte, as palavras de Margarida ainda ecoam entre as mulheres trabalhadoras rurais e dão força para a luta diária por representatividade e melhores condições de trabalho e de vida no campo.
Outra frase famosa do mesmo discurso, “da luta eu não fujo”, está gravada em umas das paredes da antiga casa de Margarida Alves, que se transformou em museu em 2001.
Nas paredes, recortes de jornais de todo o país e alguns do exterior dão a dimensão da repercussão do crime ocorrido em 12 de agosto de 1983.
Como Margarida Alves, outras lideranças de trabalhadoras também estavam marcadas para morrer. Mesmo diante das ameaças, a campesina não se intimidou e só teve a voz calada pela espingarda calibre 12 de um matador de aluguel.
In mémória homenageamos a companheira Rejane Santana, Diretora da Secretaria da Mulher do SINDSAÚDE, também integrante do Coletivo da CUT que faleceu no início de 2020, uma mulher Guerreira, de Fibra, Militante e Sindicalista que sempre atuava na Luta em Defesa da Mulher e da Classe Trabalhadora e esteve conosco na Marcha das Margaridas em 2019.